quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Prêmio Macário - 19/11 - Centro Cultural da UFMT

Cuiabá 19 de Novembro de 2009


Um prêmio para quem tem Consciência

Foi preciso que fosse instituído o Dia da Consciência Negra para que o Brasil repensasse suas origens e melhor, como as tem tratado. A brasilidade está inteiramente ligada à herança africana. Mesmo que seja inestimável o valor da cultura afro no desenvolvimento desse país, os negros ainda permanecem em constante estado de luta para firmar sua identidade. Eles continuam sendo minoria, mesmo com o sangue negro correndo nas veias de todos os descendentes brasileiros, até mesmo os europeus que se misturaram.

Aqui mesmo em Mato Grosso, um Estado conhecido por abrigar gente de toda região do país, ainda há grupos que sofrem com a indiferença. Em especial, os quilombolas de Mata Cavalo que dividem suas terras com fazendeiros. No entanto, graças a um espírito combativo, ainda mantêm suas tradições e recontam a história de seus ancestrais. Foi pensando nesse povo que ganhou o direito dessas terras em 1883 do antigo proprietário e até hoje nunca tiveram um documento que oficializasse a posse, é que foi criado o Prêmio Macário. Inspirado na luta do quilombola de mesmo nome, que lutava pela proteção de seus contemporâneos, o Grupo de Apoio ao Estudo e Pesquisa Ambiental e Cultural (Gaepac Pró-Yby) o Coletivo Maloca Hip Hop e o Instituto Mandala, resolveram premiar 45 pessoas que apóiam o movimento negro em todos os segmentos, como jornalistas, artistas, médicos, professores, políticos e líderes de movimentos sociais, entre outros. A estatueta é obra do artista... e foi construída em barro para reforçar o caráter artesanal, da terra. De gente que luta pela terra.

CERIMÔNIA
A premiação ocorre no dia 19, no Auditório do Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso, a partir das 19 horas. Na ocasião, na Mostra que contempla o projeto Novembro Negro – que agrega inúmeras ações em prol do dia da Consciência Negra – será exibido o documentário “A Terra e o Tempo”, de Sérgio Brito e Leonardo Sant´ana. Na programação, está prevista também a entrega de moções de aplauso pelo deputado estadual Alexandre César, no final da Premiação tem show de Luciana Bonfim, em homenagem a Clara Nunes. No repertório, músicas que ela interpretava como “Tristeza pé no chão”, “Canto das Três Raças”, “Guerreira” e a “Deusa dos Orixás” entre outras. Para acompanhar Luciana, um time de músicos talentosos, sob a direção de Paulo Monarco, que também executará a trilha no violão. Juntam-se a ele, Andréa rosa (cavaco), Renato Barros (bateria), Cézar Isidoro (baixo), Renato (percussão) e Joari, o Madalena (percussão).

O CIRCUITO KIZUMBA
É uma alusão à realização de uma grande festa, que remete ao Kizomba, uma festa-cerimônia regada à fusão do samba com o zouk. A festa que ocorre no Clube de Esquina, leva ao palco as bandas Mandala Soul, Lady Murphy, os Viralata, Dj Spinha e a convidada a MT Joe, de Nova Mutum. Uma mostra da diversidade cultural.

A FESTA CONTINUA

Fazem parte das atividades do projeto Novembro Negro – no qual o Prêmio Macário está inserido – a ação “Ritmo dos Tambores”, um show de percussão sob a batuta do Instituto Mandala. Com dezenas de instrumentistas, o espetáculo percussivo acontecerá na Igreja São Benedito, no dia 20 de novembro. Para abrilhantar a ocasião, tem participação especial dos percussionistas da Batuquenauá e performance da cantora Vivian Arruda.

Para finalizar as ações, tem o Festival Dekebra, no Parque Aquático da UFMT, a partir das 15 horas. O combustível motor do evento são as frentes do movimento hip hop, como o break, o grafite e os MCs, entre outros. Na noite da sexta cuiabana haverá então, batalha nacional de B-boy, mostra de dança não competitiva, duelo de rebolation e diversas atrações musicais. No palco, Mandala Soul, Quelinah, Cabal e DJ MK, Garcia Gun (ES), Outro Nível (GO), e o grupo de rap cuiabano, Controvérsia. Para fechar o Novembro Negro, o MC Dentinho.
Informações: 3025- 3115 - 9978-3211

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