quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Morre Carlos Galvão


Coordenador por 10 anos do mais importante acontecimento artístico da cidade, o Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (EMB), o professor, compositor, maestro e etnomusicólogo Carlos Galvão morreu ontem, às 10h15, vítima de câncer no pulmão, doença que lutava para debelar desde 2007. O sepultamento, ontem, no cemitério Campo da Esperança, foi assistido por número expressivo de professores, alunos da EMB - da qual foi diretor durante vários períodos -, músicos brasilienses, amigos e familiares.


Licenciado em educação musical pelo Instituto Villa-Lobos (Rio de Janeiro), bacharel em composição, regência e contrabaixo pela UnB, esse carioca dedicou boa parte de sua vida à Escola de Música, na qual, durante o Curso Internacional de Verão, sempre no primeiro mês do ano, reunia nomes destacados da música erudita e da música popular do Brasil e do exterior. Com entusiasmo, promovia concertos que ocupavam diferentes espaços da cidade, sempre muito prestigiados.


Entre os grandes feitos, implantou no curso de verão os núcleos de música popular, percussão, regência e informática aplicada. Seu objetivo era derrubar as fronteiras existentes entre os segmentos erudito e popular. Entre suas composições, estão obras como Ludus eletroacusticus, Lumens, Transient gadget, Parangolé desvairado e Floating flutes.


Carlos Galvão deixou esposa, três filhos e dois enteados. "Conheci o Galvão em 1985, quando ele assumiu o cargo de diretor da Escola de Música, para a qual muito contribuiu com sua dedicação e seu trabalho. Galvão modernizou a escola, mudou a cara dela. Temos uma grande preocupação agora, com o seu falecimento, de a EMB ficar órfã. Quem vai ocupar o lugar dele? Será que teremos em janeiro de 2010 o Curso Internacional de Verão?", questiona o maestro Airto Pisco, colega e amigo do ex-diretor.




Por Correio Brasiliense

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