quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Reivindicação Por Reconhecimento Caracteriza Fórum





Um movimento Cultural que retomou sua atividade no cenário político cultural atualmente foi a VOLUME-Voluntários da Música, a idéia foi concebida por músicos cuiabanos em 2001, era para ser uma associação AMM-Associação de Músicos de Mato Grosso, mas se desmobilizou ao decorrer dos anos e no final de 2006 especificamente no dia 23/12, a Volume surge novamente com a pretensão de fazer com que as bandas entendam as melhores estratégias para o cenário mato-grossense e se assumirem como classe, que de forma conjunta desenvolva ações que facilitem a divulgação, produção do material e a distribuição, primeiros passos para a consolidação de um mercado autogestor.

Composta em sua maioria por bandas de Rock da Capital e em sua maioria de jovens com a faixa etária de 16 à 23 anos que buscam entender melhor tudo isso, dois processos políticos vêm sendo destacados pelos ativistas do movimento como marco de sua história recente: a preparação para a participação política e circulação de Bandas Autorais, no circuito de Bares e Casas de Eventos em Cuiabá, hoje cerca de 27 bandas fazem parte da organização.

A primeira reunião aconteceu em 23 de Dezembro e 2006, no Clube Feminino com a presença de várias bandas, estudantes de jornalismo e produtores do Espaço Cubo, pontuando todas as dificuldades enfrentadas pelo instituto homônimo desde seu inicio em 2001, na constituição da cena urbana em Cuiabá segundo o diagnostico de Pablo Capilé do Espaço Cubo, não existia até o surgimento de suas atividades uma cena consolidada “...encontramos uma floresta a ser devastada, o movimento era composto por eventos esporádicos e sem planejamento, sem compromisso com a formação, produção, circulação e consumo...”.

Apesar dos esforços e dos avanços, a classe ainda se sentindo sem representatividade se mobilizou e concentrou seus esforços em prol do coletivo, que reivindica espaço, e o primeiro entrave em nome da valorização da música autoral é ocupar os espaços de maneira quantitativa e igualitária no circuito de casas noturnas e bares de Cuiabá, hoje ocupados por músicos da noite, profissionais liberais que sobrevivem e sustentam suas famílias trabalhando com música, são músicos que estão fora da cadeia de Festivais e circuito autoral hora evidenciado pelo maior festival em rede com 11 capitais integradas O Grito Rock e o Circuito Fora do Eixo que está em expansão pelo Brasil inteiro hoje é uma realidade concretizada e Cuiabá está inserido e muito bem representado abrindo um leque de opções para formação, produção, circulação e consumo do produto autoral.

Dentro do contexto histórico todas as reinvidicações em prol do coletivo de uma classe sempre foram marcadas por grandes disputas, e numa disputa existem ganhadores e perdedores, e nesse entrave como alvo está comprometido a revitalização do Espaço Cultural Silva Freire, um centro cultural que ficou fechado durante 07 anos por divergências políticas que teve em 2005 e 2006 em espaço para vazão da produção musical autoral hoje perde apoio das bandas que ontem foram as principais beneficiadas com espaço, em reunião no último dia 05/02 no Bar do Neurô decidiram em consenso que em prol do coletivo não participam mais da Ação cultural de revitalização, que é a maior responsável por sua inserção na maioria dos bares e casas noturnas de Cuiabá em 2006, que após constatar que existe público para o autoral, tendo em vista o número de pessoas que se mobilizavam todos os meses para ver suas bandas preferidas, chegou até o número de 1.500 pessoas as últimas edições de 2006 do Amostra Grátis que é uma Ação Da Comunidade Cultural Independente realizada em parceria com as bandas, grupos de teatro, representantes do folclore mato-grossense, fotógrafos e etc., e por ironia do destino um dos responsável por essa abertura nas casas noturnas e bares hoje fica sem o apoio das bandas que não souberam administrar essa abertura deixam uma lacuna que hoje está preenchida, em função de uma das organizadoras da Ação Cultural hoje estar gerenciando um dos bares que mais acolheu o autoral em 2006, hoje ter com diretriz uma agenda composta por músicos fixos dentre eles acover e autoral, não está mais abrindo pra eventos externos tanto quanto fez no ano de 2006, por consenso eles entenderam que como forma de pressão ao Dono do Bar, não participar mais da Ação Cultural, o espaço este aberto as bandas e não querem participar o que em função de um espaço que hoje está ocupado, que ficou aberto um ano e meio esperando por essa iniciativa de organização que se responsabiliza-se por suas datas vagas e pelo Direcionamento dos eventos propostos.

Hoje eu me pergunto Cover ou autoral tudo é música quem realmente irá perder com tudo isso?

VOLUME Voluntários da música retiram seu apoio a uma ação que majoritariamente era composta por música, quem ta perdendo espaço?




 

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