quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Espaço Cultural Silva Freire, 2 Anos depois do Instituto Mandala

Campus de Universidade

... no campus
o sòzinho se reinventa
no plano
no palmo-a-palmo
na alma
palma

o campus propôe
ao esperado
viagem e circunstância
o campus
nem se despe do teorema
posiciona o axioma

no campus
o raciocínio circula o comportamento




Silva Freire

Benedito Sant'Anna da Silva Freire , nascido no dia da Revolução Farroupilha, a 20 de setembro de 1928, em Mimoso, Terra de Rondon. Advogado criminalista, jornalista cultural, poeta moderno, professor universitário da Faculdade de Direito da UFMT, com relevantes contribuições na história político partidária sob a bandeira dos ideais trabalhistas. A vida estudantil de Silva Freire, em especial a sua atuação como secretário geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), propiciou que unisse duas preocupações básicas: luta pela justiça social e pelo acesso à cultura. Apesar das multiplicidades de ocupações, o compromisso estético, político e ético, foram o alicerce comum às suas ações e comportamentos.

As diferentes faces do poeta Silva Freire e sua obra propiciam experimentar uma concepção de educação crítica, cujo eixo central é a relação educação-política e a compreensão crítica dos problemas e desigualdades sociais visando uma prática transformadora da realidade, concebendo a educação como instrumento de transformação da sociedade capitalista globalizada, através do acesso da classe trabalhadora ao conhecimento e à cultura.

A afinidade entre Silva Freire e o grande educador Paulo Freire, vai muito além do sobrenome em comum, mas entrelaça-se na concepção de mundo e homem. Como se pode constatar em sua obra ao retratar o cotidiano do pantaneiro, do ribeirinho, das redeiras, do boêmio, de seu falar e do seu viver, destacando o imaginário popular na busca por delinear o que ele denominou de cuiabania, a identidade cultural do povo deste lugar.

Em sua produção literária utilizou os espaços em branco do papel e a multiplicidade de significados das palavras para, juntamente com o leitor, interpretar a realidade em sua dimensão poética, revelando a concepção sócio-interacionista que fundamenta a sua obra.

Para o educador Célio da Cunha (1980), Silva Freire soube captar a essência desta terra e de sua gente, sem, contudo, ficar circunscrito a um determinado lugar. Na apresentação do livro Trilogia Cuiabana em 1991, Wladimir Dias Pino relembra " o Silva Freire de sempre, em sociedade com sua época, documenta, de forma bastante clara, a relação de bem querer entre o poeta e sua vinculada comunidade: a sua maior obsessão".

Em tempos de globalização da sociedade e de valorização da identidade local, a sua produção traz elementos para a discussão de temáticas variadas que remetem às raízes da identidade cultural mato-grossense, à autonomia e, sobretudo, à alteridade, permitindo ao leitor fazer o exercício de se colocar no lugar do outro, exercitando a convivência entre diferentes, possibilitando enxergar o viés sociológico, político e pedagógico de sua vida e obra.

Hoje o Poeta da nome ao único monumento público que leva o seu nome o Espaço Cultural Silva Freire no Coxipó.

fonte: Univag


A Entrada do Centro Cultural

Em Outubro de 2005 deu-se ínicio a grande transformação neste espaço que por divergencias politicas permaneceu abandonado por 10 anos, Espaço Cultural Silva Freire inalgurado no final da década de 80, em Cuiabá, voltou então a ser aparelho de manifestações artísticas, seja para quem quer aprender alguma habilidade, espaço para manifestação cultural ou para espectadores.


O Saguão

As oficinas gratuitas de dança, música e artesanato iniciaram (13 de Fevereiro de 2006) no local. Os cursos integraram o Projeto de Cultura e Inclusão Social, capitaneado por um grupo de jovens e várias Bandas, que logo depois se tornou Instituto Mandala.

A Sala de Dança

Foram oferecidas na época, aulas de balé clássico, violão, guitarra e contrabaixo, letras e rimas (hip hop com M.C. Garcia ES), velas e sabonetes, e peças artesanais feitas com a fibra da folha de bananeira. Os professores são moradores da região e se habilitaram a colaborar com o projeto por meio de uma “remuneração simbólica”.



O Anfiteatro

Os projetos ofertados no local desde 12 de Outubro de 2005 no primeiro Amostra Grátis eram em caráter experimental, Tornando permanentes por persistência do grupo que trabalha voluntariamente até os dias de hoje, amparados pelo trabalho com a Banda e leis Municipais e Estaduais de Cultura.

Parte desta articulação resultou na vinda do projeto CASA BRASIL que passou a abrigar um telecentro com 20 computadores ligados em rede, uma sala de leitura, com oficinas permanentes de inclusão digital, metareciclagem, audiovisual e leitura que esteve em 3 Festivais, Uma Feira de Economia Solidária e também no 24 horas de Cultura, aqui em Cuiabá.

Na próxima Atualização Como esta o Centro Cultural Silva Freire Hoje, depois de uma gestão colaborativa e autogestionária do Instituto Mandala nestes anos de trabalho desenvolvidos em Prol de revitalizar este espaço.





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